Professor da Esalq recebeu prêmio da Fundação Bunge

(crédito: Keiny Andrade)

No dia 26 de setembro, a Fundação Bunge realizou a cerimônia de entrega do Prêmio Fundação Bunge 2024, no Iate Clube, em São Paulo. Para lá se dirigiu o professor Durval Dourado Neto, docente do Departamento de Produção Vegetal, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), pois este foi um dos laureados na categoria Vida e Obra.

Mais de 200 personalidades brasileiras já foram agraciadas com este galardão que, desde 1955, é visto como um dos mais importantes reconhecimentos de mérito científico, literário e artístico do País. Nesta 68ª edição, a Fundação Bunge selecionou pesquisadores com trabalhos relacionados aos temas ‘Rastreabilidade na produção de alimentos: segurança alimentar, capacitação e redução de assimetrias regionais’ e ‘Desenvolvimento e uso de tecnologias e conectividade acessíveis para a sustentabilidade no campo, na área de Ciências Agrárias e Aplicadas’.

Professor Durval se destaca na área de modelagem em agricultura, desenvolvendo tecnologias diversas como conectividade acessível para a sustentabilidade no campo, com o objetivo de otimizar o uso de recursos naturais e insumos. Junto ao grupo que coordena de Políticas Públicas, o GPP/USP, Dourado buscou caracterizar a demanda e oferta relacionadas à conectividade no campo, pois esta proporciona a inclusão digital com impactos benéficos sustentáveis expressivos nas esferas econômica, social e ambiental.

Os resultados do estudo “Cenários e perspectivas da conectividade para o agro” mostraram que a instalação de antenas em 4.400 torres já existentes, em conjunto com o posicionamento de aproximadamente 15.182 antenas, resultaria em uma cobertura satisfatória da necessidade de conexão rural do Brasil. Com o avanço dos estudos, é possível identificar as lacunas e contribuir para

alternativas de aumento de produtividade, com menor impacto ambiental, maior geração de emprego, melhoria da educação e renda e da qualidade de vida.

Para o pesquisador, o Prêmio Bunge valoriza o que a Universidade de São Paulo (USP) tem realizado na área de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para melhoria da conectividade. “O reconhecimento incentiva a manutenção desses estudos que apresentam significativo impacto na sociedade”, concluiu Dourado Neto.

Vida e Obra: Durval Dourado Neto

Bacharel (Engenheiro Agrônomo) em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa (UFV, 1981-1984). Mestre em Agronomia (Irrigação e Drenagem) [Esalq] pela Universidade de São Paulo (USP, 8/1986-2/1989). Especialista em Física do Solo pelo International Centre for Theoretical Physics (ICTP) [Trieste, Itália] (1989). Doutor em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) [Esalq] pela Universidade de São Paulo (3/1989-10/1992). Pós-Doutor em física do solo e modelagem em agricultura junto à Universidade da Califórnia (9/1993-9/1995) (Fapesp). Engenheiro I pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf, 1985-1989). Professor Auxiliar de Ensino (1989-1992), Professor Doutor (1992-2000), Livre-Docente (1999) em Fitotecnia, Professor Associado (2000-2006) e Professor Titular (desde 2006) junto ao Departamento de Produção Vegetal [Esalq] da Universidade de São Paulo. Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia (1998-2002, 2008-2010 e 2014-2017). Chefe do Departamento de Produção Vegetal (2002-2006 e 2008-2012). Vice-Diretor da Esalq (Quadriênio 2015-2018). Diretor da Esalq (Quadriênio 2019-2023), Universidade de São Paulo. Vice-Presidente da Comissão de Pós-Graduação do Programa Integrado em Bioenergia (2021-2023). Coordenador do STAC (2023-2025). Atualmente é Pesquisador Científico do CNPq (1A) e Professor Colaborador da Fundação Getúlio Vargas (2008-2022). Tem experiência nacional e internacional na área de Agronomia, com ênfase em Modelagem em Agricultura.

Alicia Nascimento Aguiar | MTb 32531 \ 02.10.2024

Edição 547