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Mais de 200 mil vivem em situação de pobreza ou extrema pobreza na Região Metropolitana de Piracicaba

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Publicação [1]
Sumário: 
Observatório publica boletim com dados sobre vulnerabilidade social na região
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O Observatório da Região Metropolitana de Piracicaba divulgou o primeiro boletim sobre Vulnerabilidade Social na Região Metropolitana de Piracicaba. O tema foi escolhido em função do aumento da pobreza e da extrema pobreza no Brasil nos últimos anos, em especial o fato do número de extremamente pobres ter aumentado mais rapidamente que o número de pobres.

A Região Metropolitana de Piracicaba (RMP) tinha registrado no CadÚnico, até agosto de 2022, 201.198 pessoas em situação de pobreza ou extrema pobreza. Dessas 81.322 tinham menos do que 15 anos e 9.912 mais do que 60 anos. As condições de extrema pobreza e pobreza são medidas pela renda mensal per capita – até R$ 105,00 por pessoa e de R$ 105,01 até R$ 210,00 por pessoa, respectivamente.

O número de pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza cresceu expressivamente no Brasil nos últimos anos. Os dados mais recentes do IBGE (2021) informam que a pobreza alcançou 62,5 milhões de pessoas ou 29,4% da população do país e dentre essas pessoas, 17,9 milhões, ou 8,4% vivem em condição de extrema pobreza.

Parte desses resultados ocorreu em função da dificuldade de se gerar crescimento sustentado no país, especialmente após 2016, o que foi agravado com a crise sanitária iniciada em 2020, e que acabou intensificando o crescimento do desemprego, do subemprego e do trabalho informal e precarizado. Some-se a isso a incapacidade do governo de adotar medidas eficazes contra a inflação, provocando perdas do poder de compra da população, especialmente as de renda média e baixa.

Além das políticas tradicionais de geração de emprego que o próximo governo pode adotar para reduzir o número de pessoas fora do mercado de trabalho, há que se considerar que uma parcela da população brasileira em situação de pobreza ou extrema pobreza não está elegível para o mercado de trabalho – como idosos (6,5 milhões de pessoas ou 10,4% de pobres), crianças (20,75 milhões de pessoas ou 32,2% do total de pobres), além de adultos em estado incapacitante. Para esta parcela é necessária a facilitação ao acesso a benefícios sociais, como o Auxílio Brasil e o Benefício da Prestação Continuada.

A parcela da população mais vulnerável carece de políticas públicas sólidas de assistência social, que evitem a propagação da pobreza intergeracional, aquela que vai se perpetuando entre gerações nas unidades familiares.

Mais informações em: https://www.facebook.com/oes.rmp/ [2]

O Observatório Econômico e Social da Região Metropolitana foi criado por pesquisadores da Universidade de São Paulo, no campus de Piracicaba. A Região Metropolitana de Piracicaba (RMP) foi aprovada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) no dia 18 de agosto de 2021. A partir da Lei Complementar nº 1.360/2021, aprovada no dia 24 de agosto, compõe-se a RMP com 24 municípios, com mais de 1,5 milhão de habitantes.

16/12/2022

Responsável: 
Caio Albuquerque [3]
Data de controle: 
sexta-feira, Dezembro 16, 2022


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